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Prática pedagógica e formação docente universitária no paradigma da complexidade

Tipo

Tese

Autor

Josi Mariano Borille

Orientador

Profa. Dra. Marilda Aparecida Behrens

Ano

2021

Resumo

O tema desta tese emergiu do desafio do cenário atual em que se vive, numa sociedade de acelerada produção do conhecimento, com ênfase na era digital, que exigiu discussões sobre a importância da mudança na formação docente. Assim, tomou-se como objeto de estudos a formação continuada de docentes universitários. Os pressupostos epistemológicos do estudo foram os estudos de Morin (2001, 2005), que propõe a reforma do pensamento, em especial, os Sete saberes necessários à educação do futuro e dos operadores do pensamento complexo, acompanhados do estudo das metodologias ativas e de tecnologias digitais educacionais. Associou-se ao estudo da proposição da visão da complexidade, o ensino-aprendizagem pautado em correntes teóricas humanistas, como a educação transformadora de Freire (1996), com vistas à promoção da aprendizagem complexa, transformadora e significativa. Elegeu-se como problema: Como uma formação docente, pautada nas necessidades formativas apontadas pelos docentes universitários e ancorada epistemologicamente e metodologicamente nos pressupostos do pensamento complexo, pode contribuir para uma prática pedagógica inovadora, significativa e transformadora? E por objetivo geral: Analisar as contribuições de uma formação docente, pautada nas necessidades formativas apontadas pelos docentes universitários e ancorada epistemologicamente e metodologicamente nos pressupostos do pensamento complexo, para uma prática pedagógica inovadora, significativa e transformadora. Como ancoradouros do corpus teórico destacaram-se autores como Morin (2001; 2005); Moraes e Almeida (2012); Behrens, (2003; 2005); Nóvoa (2017); Pimenta (2012); Bacich e Moran (2015); Masseto (2013); Antunes de Sá (2011), entre outros. Elegeu-se para a pesquisa qualitativa (Triviños, 1987), o tipo pesquisa-ação (Dionne, 2007). A pesquisa-ação foi utilizada para o desenvolvimento de uma formação docente continuada, que foi organizada por meio de 8 encontros formativos ao longo do ano letivo de 2018 e 2019, e teve como subsídio os apontamentos sobre às lacunas formativas indicadas pelos docentes. A formação foi pautada nos pressupostos do paradigma da complexidade, sendo as temáticas indicadas pelos docentes trabalhadas por meio de vivência de metodologias ativas e das tecnologias digitais educacionais. A contribuição da formação docente foi avaliada por meio de grupo focal e questionário aplicado junto aos docentes. Para a análise e discussão dos dados utilizou-se a Análise de Conteúdo de Bardin (2016) e os pressupostos do pensamento complexo, os operadores cognitivos e os Sete saberes necessários à educação do futuro de Morin (2001). Os principais avanços na pesquisa apontam que os docentes participantes da formação, em sua maioria, pouco sabiam sobre o paradigma da complexidade e suas abordagens. Portanto, foram inúmeras as contribuições apontadas pelos docentes envolvidos na formação: ampliação do conhecimento sobre o paradigma da complexidade; ampliação das abordagens e pressupostos epistemológicos e metodológicos; e oportunidade de reflexão sobre a prática pedagógica docente. Foi apontado por todos os docentes participantes o desconhecimento e a insegurança do novo como fatores que impedem a mudança de paradigmas na prática docente. Por fim, foi enfático o reconhecimento dos professores que se envolveram na pesquisa-ação da urgência em buscar uma prática pedagógica inovadora pautada epistemologicamente nos pressupostos do pensamento complexo como possibilidade para a promoção de uma aprendizagem mais significativa e transformadora.

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